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Dólar em R$ 5,75: é hora de comprar para férias?

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O dólar encerrou esta terça-feira (4) cotado em R$ 5,7719, o menor patamar da lema desde 18 de novembro, quando fechou o dia em R$ 5,75. Ao longo do dia, porém, a moeda chegou a tocar os R$ 5,75.

Com o resultado, o real acumula valorização de mais de 6% no ano, em seguida ter chegado a ultrapassar os R$ 6 nos últimos meses.

Olhando para essas quedas seguidas, para o brasílio que deseja tirar umas férias, será que levante é o momento ideal para comprar dólares?

“A recomendação é sempre que a compra da moeda estrangeira esteja alinhada ao planejamento da viagem. O correto é que a pessoa faça estimativas de gastos e assim, fazendo a conversão, tenha uma noção do gasto final, e aí realizar a compra da moeda”, pondera Carlos Lopes, economista do banco BV.

“A recomendação é que [a compra] esteja atrelada ao planejamento, e não a uma aposta de quando será o melhor momento, oferecido o momento de volatilidade do câmbio”, pontua.

Porém, há quem olhe exatamente para essa questão da volatilidade cambial, e enxergue uma “janela de oportunidade muito lícito para quem planeja viajar no meio do ano”, porquê Pedro Meza, head da mesa de investimentos da Gravus Capital.

“É um bom momento para considerar a compra do dólar, aproveitando esse patamar mais grave. No entanto, é importante lembrar que esse tipo de refrigério no câmbio pode ser temporário”, diz Meza.

O real fechou o ano passado como uma das moedas que mais perdeu valor no mundo, vendo o dólar encarecer 27% no país.

Maior segmento da desvalorização aconteceu ao longo do último mês do ano, em seguida o governo anunciar, no final de novembro, um pacote fiscal que desagradou o mercado financeiro.

Porém, não só o real caiu, mas uma série de divisas mergulhou junto por conta de temores em torno da política econômica que viria a ser adotada por Donald Trump.

Ao longo de sua campanha de retorno à Mansão Branca, o republicano sinalizou que adotaria uma postura protecionista por meio de tarifas de importação.

A agressividade na política mercantil, porém, poderia vir acompanhada de inflação e juros mais elevados no país, uma vez que ela encareceria os produtos vindos de fora dos Estados Unidos.

Mas, Trump adiou taxações que prometia para seu primeiro dia de mandato, além de ter adotado uma postura mais suave para com a China nos últimos tempos. Com isso, o mercado financeiro passou a suavizar as projeções para o horizonte.

A maioria dos analistas sugerem que, uma vez que esse período de incerteza e volatilidade gerada pela guerra mercantil passe, a tendência é que o dólar retome sua trajetória de subida”, pontua Mesa.

Jeff Patzlaff, planejador financeiro CFP e perito em investimentos, ressalta que o boletim Focus – que apura semanalmente as apostas do mercado para a economia brasileira -, prevê uma taxa de câmbio de R$ 6 para o final deste ano.

“Na minha visão, a cotação atual é muito interessante e é uma ótima oportunidade para fazer uma suplente ainda maior. Mas, comprar aos poucos é a melhor recomendação. Acredito que o ideal seria zelar dólar todos os meses e não somente perto das viagens para ter uma cotação média muito melhor”, conclui Patzlaff.

Quando a alta do dólar vai afetar o bolso dos brasileiros?



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