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A partir de que idade crianças e adolescentes devem dosar o colesterol?

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Os testes de colesterol são muito estabelecidos porquê segmento importante da triagem de saúde cardiovascular em adultos. Para crianças e adolescentes, no entanto, é outra história: poucos têm os níveis de colesterol examinados rotineiramente, seja por falta de informação dos pais, seja porque os próprios médicos não têm o hábito de pedir esse inspecção.

Um estudo da Universidade Federalista de Minas Gerais (UFMG) publicado em 2023 no periódico Archives of Endocrinology and Metabolism revela que 24,4% das crianças e dos adolescentes no Brasil têm alterações nos níveis totais de colesterol; e 19,2% apresentam altas taxas de colesterol LDL, considerado ruim pelos riscos à saúde.

A subida dosagem dessa lipoproteína no sangue leva ao acúmulo lento e progressivo de gordura nas artérias, causando a doença aterosclerótica, principal justificação de infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), que podem levar à morte ou deixar sequelas.

A partir de que idade, logo, deve-se encetar a monitorar o colesterol das crianças? Segundo a cardiologista pediátrica e ecocardiografista fetal Mirna de Sousa, do Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, o colesterol deve ser dosado em crianças de 2 a 8 anos de idade, cujos pais ou avós tenham qualquer histórico de risco, porquê infarto, AVC, doença arterial periférica, hipercolesterolemia (colesterol totalidade supra de 240mg/dl, de difícil controle) ou outros fatores de risco cardiovascular (hipertensão, diabetes, tabagismo passivo e obesidade, por exemplo).

Na fita etária dos 9 aos 12 anos, o inspecção deve ser feito em todas as crianças, independentemente do histórico familiar. Já entre 12 e 16 anos, a triagem do colesterol volta a ser de convénio com os casos na família ou surgimento de novo fator de risco. Dos 17 aos 21 anos, recomenda-se que todos façam ao menos uma triagem do colesterol e, se os níveis vierem alterados, o inspecção deve ser repetido a cada seis meses até voltar ao normal.

Para menores de 2 anos, não há a indicação de triagem. “Na puerícia, a elevação do colesterol é absolutamente assintomática, mas a lesão das artérias começa muito precocemente. Por isso a valimento do diagnóstico ainda no início, para que os pais possam iniciar as medidas de mudança de estilo de vida, já que é na puerícia que se estabelecem os hábitos para a vida toda. Não há momento melhor para esse tipo de mediação”, orienta Sousa.

Um problema global

Um estudo publicado em julho de 2024 no JAMA Network Open descobriu que, nos Estados Unidos, exclusivamente 11% dos jovens de 9 a 21 anos são rastreados com exames de rotina, apesar de as diretrizes recomendarem verificar os níveis de colesterol uma vez entre 9 e 11 anos e novamente uma vez entre 17 e 21 anos.

Triagens mais precoces, a partir dos 2 anos, são indicadas ​​para pessoas com histórico familiar de doença cardíaca ou colesterol muito cume. A pesquisa aponta que, dentre os examinados, 30% tiveram um ou mais resultados de teste anormais dos níveis lipídicos, com a maior prevalência entre aqueles com obesidade.

As medições de lipídios foram definidas porquê anormais se um ou mais desses resultados fossem identificados: colesterol totalidade (≥ 200 mg/dL); colesterol de lipoproteína de baixa densidade (≥ 130 mg/dL); colesterol de lipoproteína de densidade muito baixa (≥ 31 mg/dL); colesterol de lipoproteína de densidade não subida (≥ 145 mg/dL) e triglicerídeos (≥ 100 mg/dL para crianças de 9 anos ou ≥ 130 mg/dL para pacientes de 10 a 21 anos).

“Esses números são muito preocupantes. Os resultados desse estudo reforçam a premência de criarmos medidas mais efetivas de triagem e mediação, medidas de políticas públicas e de alcance populacional”, avalia a cardiologista pediátrica.

Na visão de Sousa, vivemos atualmente uma “pandemia de doenças do aparelho cardiovascular”, dos quais início pode se dar na puerícia. De convénio com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam quase 18 milhões de pessoas por ano no mundo. “É fundamental investirmos em prevenção, pois nenhuma medida terapia isolada até hoje teve impacto em reduzir mortalidade”, avisa a profissional do Einstein.

Tem tratamento?

A partir do diagnóstico de alterações do colesterol, a primeira recomendação é não medicar. O ideal é apostar em mudanças no estilo de vida, mormente na prática de atividades físicas regulares e adaptações na dieta. Ou por outra, dependendo do caso, pode ser que outras doenças estejam levando à dislipidemia, porquê diabetes ou problemas renais e, nesses casos, é preciso usar medicamentos específicos.

“Importante ressaltar que, diferentemente do que acontece com adultos, o uso de medicações depende da fita etária. Crianças mais velhas podem ser tratadas porquê adultos, mas o médico deve ser sempre consultado para particularizar o tratamento”, alerta Mirna de Sousa.

Na avaliação da médica, é preciso priorizar informação de qualidade, com campanhas de conscientização e o envolvimento de escolas e da própria sociedade. “Não adianta exclusivamente propalar que um estilo de vida saudável previne esse tipo de doença. É preciso estimular e viabilizar esse estilo de vida”, sugere.

No envolvente escolar, é importante que haja atividades físicas e instrução cevar. Já em espaços públicos, parques e praças podem ser meios de facilitar o chegada à prática de exercícios. E a médica também defende medidas econômicas. “Os provisões saudáveis devem ter preços acessíveis e os ultraprocessados devem ser taxados e mais caros para desencorajar seu consumo, assim porquê acontece com cigarro e álcool”, propõe Sousa.

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