O dólar registrou novidade queda nesta terça-feira (4), chegando à 12ª sessão consecutiva de desvalorização frente ao real. Uma vez que nos dias anteriores, a moeda deu sinais de elevação na manhã, mas os números divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA a derrubaram. Afetadas pelo decréscimo da mote americana, as exportadoras levaram o Ibovespa ao seu terceiro pregão seguido em queda.

Ao contrário do que economistas consultados pela Reuters haviam previsto para dezembro, em torno 8 milhões de vagas abertas, os Estados Unidos registraram 7,6 milhões de postos disponíveis, uma subtracção de 556 milénio, o que sugere desaquecimento da economia. Ao final do dia, o dólar à vista fechou em baixa de 0,76%, a R$ 5,7719, a menor cotação desde 19 de novembro do ano pretérito, quando encerrou a R$ 5,7679.

Embora ações de bancos e da WEG pressionaram positivamente, o índice do Bovespa também fechou no vermelho, com decréscimo de 0,65%, chegando aos 125.147,42 pontos. Suzano, Klabin, BRF e JBS foram as que mais sofreram com a queda de dólar e impactaram o indicador.

Tarifas Também Influenciaram

Em termos de controle inflacionário, a queda do dólar é uma notícia positiva, o que explica a perda de força dos rendimentos dos Treasuries e, em paralelo, da moeda americana diante de várias divisas. O extenuação global da mote esteve ligado também à leitura de que as tarifas anunciadas pelos EUA contra México, Canadá e China, no termo de semana, estão sendo usadas dentro de uma estratégia de negociação e que não serão necessariamente levadas a cabo.

Na segunda-feira (3), os Estados Unidos anunciaram a suspensão por 30 dias das tarifas aplicadas ao México e ao Canadá, para negociação entre os países. Nesta terça, foi a vez da China anunciar uma série de medidas de retaliação aos EUA — mas com prazo para encetar somente em 10 de fevereiro, em uma clara brecha para que o presidente norte-americano, Donald Trump, negocie até lá.

“Esta guerra mercantil acabou dando um fôlego para os países emergentes, que tiveram suas moedas ganhando um pouco de espaço”, comentou durante a tarde Lucélia Freitas Aguiar, perito em câmbio da Manchester Investimentos. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, com o presidente dos EUA, Donald Trump, aparentemente mais maleável com a questão das tarifas, o dólar cedeu no exterior e deixou investidores no Brasil “sem motivos para comprar” a moeda.

Ata do Copom

Internamente, investidores não só acompanhavam os desdobramentos da política tarifária dos Estados Unidos, porquê também aguardavam pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Medial (Copom). No documento, o Banco Medial (BC) citou a desancoragem das expectativas de inflação e o intensidade de sobreaquecimento da economia entre os riscos relevantes para o debate de política monetária.

Também afirmou que há um risco à subida da inflação relativo à transporte de políticas econômicas interna e externa, com impacto primordial por meio da taxa de câmbio.

“A ata  procura passar um tom mais duro do que a leitura dovish (branda) do enviado feito por secção majoritária do mercado”, avaliou o estrategista-chefe da Warren Rena, Sérgio Goldenstein, em relatório enviado a clientes. Na sua avaliação, “fica evidente que o cenário de inflação ficou mais incerto para o Copom, isos vai de encontro ao horizonte em crédulo a partir de março e à magnitude totalidade do ciclo de aperto monetário”.

Destaques

– PETROBRAS PN recuou 0,99%, apesar da melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em subida de 0,32%. A estatal também divulgou na véspera queda de 10,5% na sua produção totalidade de petróleo e gás no quarto trimestre ano a ano, para 2,63 milhões de barris de óleo equivalente ao dia.

– SUZANO ON cedeu 4,05% e KLABIN UNIT perdeu 3,68%, acompanhando o movimento de queda do dólar diante de o real. Na noite da véspera, a Klabin ainda afirmou que realizou o fechamento do Projeto Plateau com uma Timber Investment Management Organization (TIMO), aportando uma primeira parcela de R$ 800 milhões.

– BRF ON caiu 3,53% e JBS ON recuou 3,79%, também tendo porquê tecido de fundo o movimento da taxa de câmbio. Analistas do Bank of America afirmaram que as companhias do setor ainda devem apresentar números sólidos no quarto trimestre, mas que os resultados podem ter alcançando um pico no terceiro trimestre, principalmente no segmento de aves.

– VALE ON cedeu 0,35%, em mais uma sessão sem a referência dos futuros do minério de ferro na China por feriado naquele país. Os negócios em Dalian reabrem na quarta-feira. Assim, agentes seguem acompanhando a escalada no protecionismo mercantil envolvendo as duas maiores economias do mundo.

– ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,36% em véspera de divulgação do balanço do quarto trimestre, com analistas atentos principalmente às sinalizações do maior banco do país em ativos para 2025. SANTANDER BRASIL UNIT, que também traz seus números na quarta-feira, caiu 1,28%. BRADESCO PN perdeu 0,2% e BANCO DO BRASIL ON ganhou 0,58%.

– WEG ON avançou 0,3%, experimentando uma trégua em seguida dois dias seguidos de quedas, quando acumulou uma perda de 4,4%. Investidores tem estimado eventuais reflexos para a companhia das tarifas anunciadas pelos EUA para o México, onde a WEG tem operação. Analistas veem a empresa estrategicamente posicionada para mitigar o impacto de tarifas mais altas.

– BRASKEM PNA valorizou-se 3,89%, também buscando uma recuperação, em seguida cinco fechamentos negativos, período em que contabilizou um declínio de quase 12%. A Fitch Ratings afirmou nesta terça-feira que o aumento na provisão da petroquímica relacionada ao soçobro de solo em Maceió não deve impactar os indicadores da empresa, incluindo liquidez.