O dólar fechou a quarta-feira perto da firmeza perante o real, na tira dos R$5,80, com segmento dos investidores aproveitando cotações mais elevadas para vender moeda. O dia foi marcado pelos dados da inflação nos Estados Unidos e no Brasil, além da guerra mercantil, que começou a afetar mais diretamente a economia brasileira.

A moeda americana à vista fechou em ligeiro baixa de 0,05%, aos R$5,8086. Já o Ibovespa subiu 0,29%, a 123.863,5 pontos, tendo marcado 122.969,29 pontos na mínima e 124.048,45 pontos na máxima do dia.

Dia de indicadores

No início desta quarta-feira (12), o Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA — o índice solene da inflação no Brasil — subiu 1,31% em fevereiro, depois de prosseguir 0,16% em janeiro. O resultado ficou praticamente em risca com a expectativa em pesquisa da Reuters, de subida de 1,30%. No reunido, a inflação subiu 5,06% nos últimos 12 meses.

Mais do que aos dados do IPCA, o mercado de câmbio brasílico reagiu aos números do índice de preços ao consumidor (CPI, na {sigla} em inglês) dos EUA, que avançou 0,2% em fevereiro, desacelerando perante a subida de 0,5% em janeiro. Economistas esperavam por uma taxa de 0,3%. Apesar do resultado favorável do CPI, alguns componentes subjacentes dos dados que alimentam o índice PCE — a medida de inflação preferida do Federalista Reserve — ficaram supra do esperado.

Com os números nas telas, o dólar apresentou duas reações. Em um primeiro momento ele recuou no exterior — e também no Brasil — em meio à leitura de que o CPI pleno e aquém do esperado fortalece a perspectiva de namoro de juros pelo Federalista Reserve.

Em um segundo momento, as preocupações com o PCE fizeram o dólar retomar força ao volta do mundo. No Brasil, às 10h04, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$5,8485 (+0,64%).

“Nestes níveis, sempre tem fluxo de exportador, vendendo muito dólares não só no pronto (mercado à vista) quanto no porvir”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, sobre o retorno das cotações para o território negativo durante a tarde.

“Ou por outra, algumas outras moedas emergentes também estão ganhando perante o dólar, porquê o peso mexicano”, concluiu Rugik.

Tarifa sobre o aço

O vaivém das cotações também foi influenciado pelas preocupações em torno das tarifas de importação impostas pelos EUA a outros países. Nesta quarta, entrou em vigor o aumento de tarifas sobre importações de aço e alumínio. Os países mais afetados são — além do Canadá, que é o maior fornecedor estrangeiro de aço e alumínio dos Estados Unidos — Brasil, México e Coreia do Sul. Todos até logo desfrutavam das isenções ou cotas.

No período da tarde, o ministro da Herdade, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasílico não retaliará imediatamente os Estados Unidos, porquê resposta à medida. Em sua enunciação, ele ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu calma na estudo do tema. Há previsão de que uma conversa online aconteça nesta sexta-feira (14) entre as nações. Nas negociações, o governo brasílico quer tentar mostrar que não unicamente o Brasil tem déficit no negócio bilateral com os Estados Unidos, porquê também a tarifa média brasileira é de 2,75%, subalterno à média que os EUA aplica ao país, que chega a 3,5%.

Destaques

– AZZAS 2154 ON desabou 13,39% posteriormente o balanço do quarto trimestre mostrar lucro líquido recorrente de R$168,9 milhões, queda 35,8% ano a ano, muito porquê queda em margens. Para analistas do Safra, foi um trimestre negativo para a Azzas, com a lucratividade recorrente fortemente pressionada pelos esforços para regularizar os estoques, entre outros fatores.

– VALE ON cedeu 1,25% em dia de fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde contrato mais negociado em Dalian cedeu 0,32%, com agentes também de olho na ingresso em vigor de tarifas para aço pelos EUA. Analistas do UBS BB cortaram o preço-alvo dos ADRs da mineradora para US$10,50 (R$59,78) perante US$11,50 (R$66,70) e reiteraram recomendação neutra.

– COGNA ON avançou 4,24% antes da divulgação do resultado do quarto trimestre posteriormente o fechamento do mercado brasílico nesta quarta-feira. O Morgan Stanley também elevou a recomendação das ações para “overweight”, com preço-alvo de R$2, contra R$1,7 anteriormente, segundo relatório com data da véspera. No setor, YDUQS ON subiu 0,38%.

– PETROBRAS PN fechou fixo em dia de subida do petróleo no exterior, onde o barril de Brent encerrou o dia negociado com elevação de 2%.

– ITAÚ UNIBANCO PN terminou com variação positiva de 0,31%, em dia marcado pelo lançamento pelo governo de programa para trabalhadores do setor privado terem aproximação a empréstimos com desconto em folha garantidos por recursos do FGTS. No setor, BRADESCO encerrou com firmeza, BANCO DO BRASIL ON perdeu 0,4% e SANTANDER BRASIL UNIT subiu 0,12%.

– CSN ON avançou 0,36% antes do balanço dos últimos três meses de 2024, que será divulgado posteriormente o fechamento do pregão, com agentes também analisando potenciais reflexos das tarifas dos EUA sobre aço importado que entraram em vigor nesta quarta-feira. O UBS BB também iniciou a cobertura das ações da companhia com recomendação de venda e preço-alvo de R$7,50.

– XP, que é negociada em Novidade York, recuou 5,48%, tendo porquê tecido de fundo relatório negativo de uma mansão de estudo norte-americana sobre o grupo. Em nota, a XP afirmou que tomou conhecimento de “informações falsas, incorretas e imprecisas” sobre a companhia divulgadas pela Grizzly Research e que tomará medidas legais contra a empresa.