Economia

Governo pede ajuste para ampliar Auxílio Gás, mas adia solução para Pé-de-Meia

Página Aberta – Informação e Realidade

BRASÍLIA (Reuters) -O governo pediu ao Congresso uma série de ajustes no projeto da Lei Orçamentária Anual de 2025, incluindo uma ampliação de R$3 bilhões na previsão de gasto com o programa Auxílio Gás, além de diversos outros cortes e suplementações que, no totalidade, geram um resultado fiscal neutro.

Em ofício visto pela Reuters, o Ministério do Planejamento e Orçamento pede ajustes ao Congresso, mas não prevê soma de verbas para o programa Pé-de-Meia, que segue unicamente com previsão orçamentária parcial para o ano.

O governo pediu unicamente que os recursos para o programa, que concede incentivo financeiro a estudantes do ensino médio que permanecem na escola, sejam suplementados depois da aprovação do Orçamento.

O documento remetido ao Congresso faz uma série de ajustes, porquê um golpe de R$7,7 bilhões na previsão de despesa com o Bolsa Família.

Por outro lado, são solicitados acréscimos em outras áreas, porquê em benefícios previdenciários, com o saldo final de todas as alterações ficando em zero.

O documento afirma que as mudanças propostas observam diretrizes da Junta de Realização Orçamentária e contemplam remanejamentos solicitados pelos ministérios.

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O governo chegou a propor no ano pretérito um mecanismo de financiamento do Auxílio Gás que faria com que segmento dos recursos do programa não passasse pelo caixa do Tesouro, sem contabilização porquê despesa primária. O projeto ainda não foi votado pelo Legislativo.

Com relação ao Pé-de-Meia, o Ministério do Planejamento informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) deu quatro meses para que o governo tome as providências para equacionar a questão do programa.

“Esse ofício solicita ajuste ao texto do PLOA para permitir que o Pé-de-Meia seja suplementado por ato do Poder Executivo depois a aprovação da LOA. O Pé-de-Meia conta com dotação de R$1 bilhão no PLOA original e não foi suplementado nesse ofício”, disse.

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O Orçamento de 2025, que procura uma meta de déficit zero, foi apresentado pelo governo em agosto do ano pretérito, mas ainda não foi votado pelo Congresso, o que tem restringido a realização de verbas e chegou a comprometer financiamentos do Projecto Safra.

A previsão é que o Congresso vote o Orçamento deste ano em sessão na próxima semana.

Em entrevista a jornalistas, o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que ainda analisará os ajustes propostos pelo governo, argumentando que deve apresentar seu parecer até o início da próxima semana.

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Ele ressaltou que o gasto estimado com o Auxílio Gás e o Pé-de-Meia em 2025 deve superar R$15 bilhões, muito aquém do proposto pelo governo mesmo depois os ajustes.

O relator ainda afirmou que o governo apresentou uma previsão de economia de R$14 bilhões em 2025 com o pacote de ajuste fiscal confirmado em dezembro pelo Congresso.

Depois a aprovação das medidas, que incluíam iniciativas porquê a limitação dos reajustes do salário mínimo e travas para a licença de benefícios tributários, o governo chegou a prezar um impacto próximo a R$70 bilhões para o conjunto dos anos de 2025 e 2026.

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