O comentarista Caio Coppolla e a advogada Soraia Mendes discutiram, nesta quarta-feira (12), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o Brasil deveria retaliar as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o aço e o alumínio.
Os EUA colocaram em vigor nesta madrugada tarifas de 25% para importações de aço e alumínio, sem exceções ou isenções. O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço e ferro dos norte-americanos, representando uma fatia de quase 15% das compras norte-americanas dessas commodities.
O ministro da Rancho, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o Brasil não planeja medidas de retaliação aos Estados Unidos. A enunciação foi realizada em seguida reunião do gerente da pasta econômica com representantes da indústria do aço.
Haddad afirmou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é seguir pelo caminho do diálogo e da negociação.
Caio Coppolla acredita que não vale a pena fazer qualquer tipo de retaliação.
“O Brasil, quando pegamos o totalidade de exportações para os Estados Unidos, exporta US$ 40 bilhões. Disso, não chega a 8% o que corresponde às exportações do aço. A gente está falando de US$ 3 bilhões. Ou seja, por ora, os EUA criaram uma tarifa de 25% sobre menos de 8% das nossas exportações”, disse Coppolla.
“Obviamente isso tem um impacto, principalmente nesse setor, mas, do ponto de vista global, considerando que ano pretérito nós batemos recorde em volume de exportação para os EUA, não é recomendável fugir do caminho da diplomacia ou da arranjo e já partir para a retaliação”, prosseguiu.
Já Soraia Mendes pontua que uma verosímil retaliação faz secção da soberania brasileira.
“Algumas consequências serão arcadas, muito principalmente pelo setor da indústria. Por outro lado, pode subsistir uma arranjo que vai trazer outros mercados para dentro dessa cartela com quem se negocia esses produtos. De maneira que a retaliação não deve ser anunciada com um nível de rispidez e falta de diplomacia, uma vez que o governo Trump faz, porque faz secção da soberania brasileira”, opinou Mendes.
“Mas ela tem de ser uma medida tomada com a parcimônia necessária porque existe uma possibilidade de que outras alternativas sejam abertas e que a economia estadunidense responda negativamente em função das ações de Trump”, finalizou.
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