Roberto Azevêdo, ex-diretor universal da Organização Mundial do Negócio (OMC), fez declarações contundentes sobre as políticas tarifárias de Donald Trump durante sua participação no programa WW desta quinta-feira (13).
Azevêdo, que atualmente ocupa o incumbência de presidente global de operações da Ambipar, contradiz diretamente a narrativa do ex-presidente americano.
Segundo Azevêdo, a asseveração de Trump de que os países exportadores pagarão pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos é equivocada.
“É o consumidor americano que vai remunerar porque essas tarifas serão repassadas, elas serão repassadas para o consumo, o dispêndio suplementar será repassado em qualquer momento”, explicou o ex-diretor da OMC.
A irracionalidade útil de Trump
Azevêdo caracterizou a postura de Trump porquê uma “irracionalidade de conveniência”. Ele argumenta que o ex-presidente entende perfeitamente as consequências econômicas de suas políticas, mas opta por manter uma narrativa que serve aos seus interesses políticos.
“Ele sabe exatamente o que está acontecendo, mas não serve a narrativa dele”, afirmou Azevêdo.
O técnico em transacção internacional também compartilhou suas experiências pessoais de negociação com Trump. Azevêdo revelou que sua estratégia ao mourejar com o logo presidente dos EUA era buscar uma “vitória” que pudesse ser percebida positivamente por Trump, sem comprometer os interesses da OMC ou de outros países membros.
“Quando eu fui conversar com ele, a primeira coisa que eu botei na minha cabeça, eu tenho que trazer uma vitória para ele, eu não sei qual é, mas eu tenho que trazer uma vitória para ele, uma vitória para ele que não seja a minha roteiro”, relatou Azevêdo, destacando a dificuldade das negociações diplomáticas com Trump.
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