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Igreja já teve três papas ao mesmo tempo na Itália e na França; entenda

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O processo de escolha de um novo papa e o funcionamento da Igreja Católica são assuntos que vêm despertando interesse na internet, principalmente por desculpa do filme “Conclave”, vencedor do Oscar. No longa, o Escola de Cardeais se reúne para escolher um único líder religioso, mas durante a história real do catolicismo, nem sempre foi assim.

No termo da Idade Média, a Igreja Católica já se fragmentou internamente em um incidente que ficou espargido uma vez que o “Grande Cisma do Oeste”. Com isso, três pontífices chegaram a liderar ao mesmo tempo.

A história começa em 1296 com um embate entre o Rei Felipe IV da França e o papa Bonifácio VIII. À estação, o rei quis aumentar impostos cobrados da Igreja, o que levou o logo pontífice a grafar um decreto em que reafirmava o poder papal sobre a reino.

O rei reagiu e declarou Bonifácio um herético, organizando um ataque para prender o papa. Bonifácio sobreviveu à ação, mas acabou morrendo pouco tempo depois.

Com isso, a influência do rei francesismo Felipe IV se intensificou, culminando na eleição do francesismo Bertrand de Got, o pároco de Bordeaux, uma vez que o papa Clemente V.

Devido ao envolvente de tensão e a instabilidade em Roma, por desculpa do incidente envolvendo Bonifácio, Clemente V instalou o papado em Avignon, na França, em 1309. A cidade, na região conhecida uma vez que Provence, foi escolhida por ser um território de propriedade da Igreja Católica desde 1274.

Depois de Clemente, mais seis papas se instalaram em Avignon, tornando a cidade a capital do cristianismo do século XVI. Com Bento XII, foi iniciada a construção do Palácio dos Papas, que hoje é um dos grandes pontos turísticos da região.

Palácio dos Papas, em Avignon, na França • Creative Commons

Diante das modificações, a população da cidade cresceu significativamente e o sítio virou um núcleo cosmopolita. Mosteiros e igrejas foram reconstruídos, e muralhas foram erguidas para proteger os moradores.

Durante o Papado de Avignon, uma vez que esse período ficou espargido, a Igreja se aproximou da reino francesa e aumentou a sua riqueza por meio da cobrança de impostos.

Até 1377, havia papa exclusivamente em Avignon, sendo que a sede de Roma permaneceu vazia, sem ser contestada. Diante da instabilidade em territórios da Igreja, na Itália, o papa Gregório XI, que era papa na Franla, decidiu voltar para Roma em uma tentativa de organizar a situação.

Mas a estadia do pontífice na cidade durou pouco. Ele morreu em 1378, dando origem a uma crise de sucessão na Igreja. O incidente ficou espargido uma vez que o “Grande Cisma do Oeste”.

Com a morte de Gregório XI, cardeais se reuniram no conclave para escolher um novo pontífice. Na estação, havia grande pressão do povo romano para a eleição de um papa italiano. Assim, o pároco de Bari, Bartolomeu Prignano, assumiu com o nome papa Urbano VI.

Porém, uma fileira de cardeais franceses, contrários à eleição do italiano, declarou a escolha inválida alegando que houve filtração no conclave. Esse grupo dissidente deixou Roma e foi para Fondi, também na Itália, onde elegeram um outro pontífice: Clemente VII, que depois decidiu restabelecer o papado em Avignon, na França.

Desta forma, a Igreja passou a ter papas rivais: Clemente VII, em Avignon, e Urbano VI, em Roma. O mundo católico ficou dividido em duas nações e outros países e ordens religiosas passaram a estribar pontífices diferentes.

Diante da tensão, um papa excomungou o outro, assim uma vez que os sucessores. A Igreja entrou em um período de confusão e incerteza, que durou 39 anos.

A tentativa de solucionar a crise veio com os concílios, reuniões de integrantes da Igreja do tá escalão. O primeiro deles foi o Concílio de Pisa, em 1409. Inicialmente, o objetivo desse encontro era depor os dois papas existentes e escolher um novo.

Mas o que aconteceu foi o oposto: nenhum papa foi retirado do incumbência e um terceiro foi escolhido. Com isso, três pontífices acabaram no incumbência ao mesmo tempo.

A situação começou a ser resolvida a partir de 1414, com o chamado Concílio de Constança. Nessa reunião, houve a garantia de resignação ou deposição dos três papas qie estavam no poder.

Um novo pontífice foi escolhido: Martinho V, eleito em 1417 e de forma universal, sem discordâncias.

Com isso, o Grande Cisma do Oeste foi solucionado e o mundo católico foi reunificado, em um incidente que reforçou a prestígio dos concílios para prevenir novas dissidências e crises de sucessão na Igreja, um tanto que foi mantido pelos papas que vieram depois.



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