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Tutores denunciam morte de cão por hipertermia após banho na Cobasi de Praia Grande

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Caso do cão Eros, de três anos, é investigado pela Polícia Social por suspeita de maus-tratos. Família acusa negligência e preterição no atendimento

Um caso de suposta negligência bicho envolvendo a rede Cobasi e a empresa Pet Querubim, parceira da marca, está sendo investigado pela Polícia Social de São Paulo. A denúncia foi registrada depois a morte de Eros, um cão da raça Spitz Boche de três anos, que teria sofrido um quadro grave de hipertermia durante o banho na unidade da empresa localizada no bairro Sítio do Campo, em Praia Grande (SP).

Segundo o tutor do bicho, Jefferson Alexandre, o cão foi entregue “exânime” pelo tosador Edilson Ribeiro da Mata, murado de duas horas e meia depois o início do atendimento. Ainda no sítio, Eros apresentava a língua roxeada e não conseguia se firmar nas patas traseiras.

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“Questionei o tosador e ele somente disse que Eros estava cansado por conta do banho, virando e continuando suas atividades”, relatou Jefferson em entrevista ao Portal LeoDias.

A veterinária da própria unidade, Dra. Karla Vicentim (CRMV-SP 37525), aferiu a temperatura do bicho e constatou 42,8 °C — índice supra do limite harmonizável com a sobrevivência de cães. O bicho foi medicado e recebeu bolsas de gelo com álcool, mas devido à seriedade do quadro, foi guiado para internação de emergência no Hospital BrasilVet, também em Praia Grande.

Tentativas de estabilização e agravamento do quadro

De contrato com o relatório galeno do Hospital BrasilVet, ao qual a reportagem teve chegada, Eros deu ingresso na unidade às 19h40 com mucosas cianóticas, taquipneia, petéquias abdominais, diarreia e temperatura ainda elevada. A médica veterinária responsável, Dra. Ana Carolina Garcez Figueiredo, iniciou o protocolo de estabilização com suporte de oxigênio e antitérmicos. Durante a internação, exames constataram alterações hepáticas, nefropatia, inflamação urinária e sinais de cistite.

Na madrugada do dia 22 de março, Eros sofreu três crises convulsivas e uma paragem cardiorrespiratória. Apesar das manobras de reanimação, o bicho não resistiu. A necropsia foi oferecida pela clínica, mas não autorizada pelo tutor, que retirou o corpo no mesmo dia.

Indícios de maus-tratos e preterição de socorro

O caso foi formalmente registrado na Delegacia Eletrônica da Polícia Social uma vez que suspeita de maus-tratos a animais (art. 32 da Lei 9.605/98). No boletim de ocorrência, Jefferson detalha que o quadro galeno grave decorreu de um provável choque térmico ou anafilático, e acusa falhas nos protocolos de emergência e preterição de socorro por segmento do funcionário envolvido e da empresa contratada​.

Além do boletim de ocorrência e dos laudos clínicos, a família de Eros também reuniu documentos e registros do atendimento emergencial, incluindo um dossiê. Em um dos relatos, os tutores denunciam a postura “fria e indiferente” do tosador diante da emergência, além da falta de qualquer pedido de desculpas, escora ou sintoma solene por segmento da Cobasi e da Pet Querubim.

“Essa é a nossa indignação! Pouquidade de contato! Só não podemos deixar impunes, pois um bicho com 3 anos de idade, saudável e jubiloso, teve sua vida interrompida por uma negligência e exiguidade de profissionalismo, ao menos naquele dia por segmento do tosador”, desabafa Jefferson.

Empresa não se pronuncia

Procurada pela reportagem, o atendimento da Cobasi disse que passou o caso para o setor responsável e não deu prazo de quando vai se pronunciar e explicar sobre o ocorrido. Foi informado à instituição que o espaço ainda está simples para qualquer pronunciamento. A empresa Pet Querubim, parceira responsável pelo serviço de banho e tosquia na unidade, também não emitiu qualquer nota solene ou resposta à família.

Justiça por Eros

Os tutores agora buscam justiça pela morte de Eros e alertam outros tutores de animais de estimação sobre a valia da fiscalização nos serviços de banho e tosquia. “Eros era puro paixão e alegria, e foi arrancado de nós de forma brutal. Sua morte não pode ser em vão”, escreveram nas redes sociais.

A investigação segue sob responsabilidade da Delegacia Seccional de Santos, que poderá solicitar novas perícias e depoimentos. Até o momento, o profissional responsável pelo atendimento não foi formalmente responsabilizado.



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