A gestão municipal de Poranga enviou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 014/2024, que propõe a criação de apenas 88 vagas em diversas secretarias. Apesar de ser uma iniciativa importante, a proposta foi alvo de críticas durante a sessão, especialmente pela vereadora reeleita Tatielle Carreiro, que destacou a insuficiência desse número para atender às demandas do município.

“O número de vagas proposto, apenas 88, é insuficiente diante das necessidades do nosso município. Atualmente, Poranga possui mais de 500 contratos ativos, evidenciando uma demanda muito maior do que a contemplada pelo projeto. Temos carências em diversas áreas, e ampliar o número de vagas seria um passo crucial para melhorar os serviços públicos e atender melhor à nossa população.”

A fala da vereadora reflete uma preocupação legítima com o futuro da prestação de serviços públicos em Poranga. Com mais de 500 contratos temporários vigentes, a criação de menos de 20% desse total como cargos efetivos evidencia o descompasso entre o planejamento administrativo e a realidade enfrentada pelos cidadãos.

Impactos Diretos nos Serviços Públicos

A insuficiência de vagas afeta diretamente setores cruciais como saúde, educação e infraestrutura. Os profissionais contratados por meio de vínculos precários enfrentam desafios, como falta de estabilidade, o que pode prejudicar a continuidade e a qualidade dos serviços prestados. Para Tatielle, esse é um problema que a gestão deveria tratar com mais seriedade, garantindo soluções de longo prazo.

Além disso, a ausência de mais cargos efetivos pode ser vista como um reflexo de uma gestão que prioriza medidas paliativas, como contratos temporários, em vez de investir na estruturação sólida do serviço público. Enquanto isso, a população permanece desassistida em áreas que são essenciais para o desenvolvimento local.

Necessidade de Planejamento Estrutural

Ao aprovar um projeto com vagas insuficientes, a gestão demonstra falta de visão estratégica para atender às demandas crescentes do município. A solução passa por um diálogo mais aberto com os representantes do povo e por um compromisso real em ampliar as oportunidades no setor público.

Poranga precisa de mais que medidas superficiais. A criação de cargos deve ser pautada pela análise das necessidades reais da cidade e pela busca por excelência nos serviços prestados. Tatielle Carreiro, agora em seu segundo mandato, continuará sendo uma voz ativa nessa luta.

Um Chamado à Responsabilidade

O Projeto de Lei nº 014/2024 é apenas um retrato de uma questão maior: a falta de compromisso com um planejamento público que realmente beneficie a população. Que o debate levantado pela vereadora Tatielle Carreiro sirva de alerta para que a gestão municipal adote posturas mais firmes e eficazes na solução dos problemas que afligem a cidade.

Poranga merece mais.

Fonte: TatillePoranga