Segurança

Aumento da pena pra motorista bêbado que matar no trânsito é aprovado

Página Aberta – Informação e Realidade

 Agora, a pena será de 5 a 8 anos de prisão. A lei vai para a sanção do presidente Michel Temer.


Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (6) o projeto que aumenta a pena para o motorista alcoolizado que causar homicídio. Até então, os acusados de matar no trânsito depois de ingerir bebida alcoólica poderiam responder por homicídio culposo, com pena de detenção, de 2 a 4 anos, mesmo que fosse comprovada a embriaguez ao volante. Agora, a pena será de 5 a 8 anos de prisão. A lei vai para a sanção do presidente Michel Temer.

Com a mudança para cinco anos da pena mínima, o motorista culpado terá de responder na cadeia, sem poder converter a quitação do crime para cestas básicas, por exemplo. Além do mais, isso não impedirá que o infrator vá a júri popular se for constatado o dolo eventual. Era uma brecha na lei que dependia da interpretação do delegado ou do Ministério Público no momento do oferecimento da denúncia.

“É um resgate dessa dívida histórica do parlamento com o cidadão de bem. Estamos reescrevendo a história do nosso país em relação aos crimes de trânsito”, constatou a deputada federal Christiane Yared (PR), conhecida no Congresso Nacional pela bandeira em defesa do trânsito seguro.

Não foi acidente

Mais conhecida como “Não foi acidente”, a proposta original foi de autoria popular e arrecadou mais de um milhão de assinaturas, mas acabou sendo abraçado pela deputada Keiko Ota (PSB-SP) em 2013.

Entre os principais pontos, o projeto endurece as penalidades em casos de comprovada irresponsabilidade no trânsito. “No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente não possuir permissão para dirigir, praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada e deixar de prestar socorro”, diz trecho do texto.

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