Dois homens foram presos entre a terça (5) e a quarta-feira (6) suspeitos de violentar sexualmente uma criança de seis anos, o caso aconteceu dentro da escola Patronato São José, onde a criança estudava no município de Itapajé, no norte do Ceará.
De acordo com uma fonte que não quis se identificar, os suspeitos eram um vigia e um auxiliar de serviços gerais que trabalhavam na instituição, eles tinham entre 40 e 45 anos de idade. O estupro acontecia dentro do banheiro no fim dos intervalos ou após as aulas.
A mãe da criança contou que o filho chegou em casa se queixando de dores, “Inocentemente achei que ele havia levado uma queda. Quando vi os machucados achei que se tratava de assaduras. Então comecei a perguntar se não tinha acontecido nada e ele apenas me abraçou e chorou muito”, explica.
“Mamãe, o tio fez coisa errada comigo. E depois veio o outro e fez mais forte ainda”, desabafou a criança à mãe em seguida. A mãe conta que o caso acabou com sua família, e que o menino teve o comportamento completamente alterado. “Ele chora, bate e arranha a gente”, revelou.
O clima na cidade de 50 mil habitantes é de muito abalo. Nenhum coordenador, professor ou aluno comenta o caso. A Escola Patronato São José informou, em nota, que “em face de fatos que supostamente teriam acontecido no ambiente escolar, está contribuindo com as autoridades para que tudo seja esclarecido”.
Instituição
A instituição disse ainda que está conduzindo apurações administrativas e que vem se solidarizando com a família da criança. A mãe conta que não confia mais na instituição. Outras mães de filhos que estudam lá relatam que o clima é de pânico, e que as crianças temem voltar às aulas, que inclusive correm normalmente.
A mãe da criança apela para que outras mães tenham coragem de denunciar crimes do tipo. “Não se calem por medo ou por vergonha, isso não pode ficar impune”, desabafa. A delegacia da cidade conversará com funcionários da escola e se empenhará em descobrir se outros casos aconteceram.
Impactos
A própria criança reconheceu os agressores por meio de fotos. O garoto passou três dias internado fazendo diversos exames médicos e tomando medicamentos, inclusive para prevenir possíveis infecções sexualmente transmissíveis.
“Ele disse que não podia fechar os olhos porque tinha pesadelo. Ele está na base de calmante e não quer dormir, começa a me chutar, está mais agitado e ele não é desse tipo. A minha outra filha não quer ir para a escola. Ela chora muito, não quer ver ninguém, está com muita dor pelo irmão. As nossas vidas foram destruídas, tudo o que sonhamos em construir aqui em Itapajé foi embora”, diz a mãe. A família mora na cidade há um ano.
Página Aberta / Diário do Nordeste
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