“Os Papas que anteriormente adotaram o nome de Leão foram todos de grande preeminência e assertividade místico na liderança da Igreja”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves
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A turba reunida na Terreiro de São Pedro, no Vaticano, extravasou a emoção quando a fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina, o simbólico proclamação de que “habemus Papam”. Eram 13h10min (horário de Brasília) de ontem, quinta-feira, 8 de maio. Tapume de uma hora depois a Igreja Católica em todo o mundo recebia com efusiva alegria a primeira bênção do Papa eleito pelo Escola Cardinalício para suceder Francisco, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, religioso agostiniano, sagrado o 266⁰ sucessor de Pedro, ou seja, o Papa de número 267. Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos, escolheu uma vez que nome Leão XIV. O nome escolhido pelo novo Papa por si já sinaliza os caminhos pelos quais deverá trilhar o novo pontífice e a postura que adotará em face dos problemas vividos pela Igreja Católica, com os aproximadamente 1 bilhão e meio de seguidores. O nome de Prevost não constava na bolsa de apostas dos vaticanistas. Porém, para quem conhece a história da Igreja Católica, a eleição dele não causou surpresa. A luz que ilumina a Barca de Pedro não é a mesma que bruxuleia nos candeeiros da mundanidade.
Os Papas que anteriormente adotaram o nome de Leão foram todos de grande preeminência e assertividade místico na liderança da Igreja. Tomemos uma vez que exemplos o primeiro e o último antes do eleito ontem. Leão I chamava-se Leo e pertencia a aristocrática família da Toscana. Governou a Igreja entre 440 e 461. Também chamado Leão Magno, alcançou a glória dos altares. É considerado um dos papas mais importantes da história da Igreja Católica em razão das firmes posições em resguardo da ortodoxia cristã contra as heresias da estação, uma vez que o monofisismo. Desempenhou um papel fundamental no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), que definiu a natureza de Cristo uma vez que sendo ao mesmo tempo humana e divina; reforçou a domínio do papa e defendeu a primazia da Sé de Roma. São Leão Magno é Doutor da Igreja, título outorgado àqueles que fizeram contribuições significativas para a teologia e a ensinamento cristã. Ao longo do seu papado demonstrou potente liderança e habilidade política, sem renuir da exigência de teólogo de profunda espiritualidade, que defendeu a ortodoxia cristã com fé; e sem negligenciar da missão de supremo pastor da Igreja Católica trabalhando para promover a unidade da Igreja.
Imediatamente antes do nosso atual pontífice, entre os Leões pontificou o famoso Papa Leão XIII, que governou a Igreja em tempos de mudanças revolucionárias. Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci-Prosperi-Buzzi foi eleito papa em 1878 e governou a Igreja até sua morte, aos 93 anos, em 1903. Foi o pontífice que contraditou a ensinamento marxista da revolução proletária com a Encíclica Rerum Novarum, fundadora da ensinamento social da Igreja, por assim expressar. Nesse documento abordou questões sociais e econômicas, defendendo os direitos dos trabalhadores e a justiça social, advogando o reverência e a simetria entre patrões e empregados. Condenou o comunismo ímpio e estimulador da violência ao mesmo tempo em que repreendeu com firmeza os abusos praticados pelo capitalismo selvagem. Foi um doutrinador, um evangelizador, um diplomata que lutou pela liberdade da Igreja em relação ao Estado. Se o Sumo Pontífice Leão XIV seguir os exemplo dos dois Leões referidos o seu pontificado se consolidará efetivamente uma vez que um presente de Deus para nossa sociedade desviada e conformada ao mundo, no sentido joanino do termo. (I João, 2.15-17)
Barros Alves é jornalista e poeta
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