Economia

Com o Agro no Centro, Bosch Transforma Brasil em Polo Global para Desenvolver Tecnologia

Página Aberta – Informação e Realidade

Bosch Divulg

Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da multinacional na América Latina

Acessibilidade






<!––>

<!––>

 

A Bosch América Latina faturou R$ 10,8 bilhões em 2024, dos quais 77% desse totalidade foi gerado no Brasil, o equivalente a R$ 8,4 bilhões. O prateado Gastón Diaz Perez, 49 anos, CEO e presidente da multinacional na região, diz que a meta é duplicar esse faturamento até 2030 e um dos pilares dessa expansão é justamente o agronegócio. A multinacional de origem alemã, anunciou no início deste ano a geração de seu Núcleo de Cultura Global do Agronegócio, em Campinas, próximo da capital paulista.

“Assumimos a responsabilidade global da tecnologia de agro para a Bosch, ou seja, toda a pesquisa e desenvolvimento, produção, manufatura e responsabilidade mercantil do negócio está com a gente, no Brasil”, afirmou Perez, em entrevista exclusiva à Forbes Brasil. A decisão muda radicalmente a estrutura da empresa no mundo e marca uma guinada estratégica para solidificar a América Latina porquê a principal plataforma de inovação da companhia no setor agrícola.

Em 2024, globalmente, o Grupo Bosch faturou 90,3 bilhões de euros (R$ 574,4 bilhões na cotação atual), representando uma ligeiro queda de 1,4% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, a Bosch manteve investimentos robustos em inovação, com 7,8 bilhões de euros (R$ 49,6 bilhões) destinados à pesquisa e desenvolvimento e 5,1 bilhões de euros (R$ 32,4 bilhões) em investimentos de capital, totalizando murado de 13 bilhões de euros em aportes para o horizonte. O conglomerado com sede em Gerlingen, perto de Stuttgart, é uma das maiores empresas industriais privadas do mundo, operando em murado de 60 países e com presença mercantil em outros 150 países.

A Bosch vende soluções de mobilidade, tecnologia industrial, bens de consumo, pujança e tecnologia de construção, porquê por exemplo sistemas de ABS em carros, câmeras, radares e sensores ultrassônicos e até utilidades domésticas, entre fogões, geladeiras e furadeiras de parede. Com murado de 70 anos no Brasil, a Bosch investe anualmente R$ 1 bilhão no país em pesquisa, desenvolvimento, digitalização e infraestrutura.

A ingressão definitiva no setor agro consolida esse compromisso. “Não estamos somente testando alguma coisa novo. Estamos assumindo uma responsabilidade global com base em uma crença profunda de que o horizonte da produção de mantimentos passa pelo Brasil”, diz Perez, que admite uma participação ainda pequena do agro no faturamento totalidade da empresa, mas tende a lucrar graduação rapidamente com a consolidação do meio global em Campinas. “As vendas globais de agro da Bosch passarão a ser feitas a partir do Brasil. Isso muda o jogo para a região”, diz Perez.

Para o agro, um vetor importante de prolongamento, segundo o executivo, se sustenta em uma lógica simples, mas poderosa: o mundo vai precisar produzir mais mantimentos e a América Latina, mormente o Brasil, será responsável pela maior segmento dessa produção. Os números estimados pela ONU têm sido exaustivamente falados por executivos e lideranças, porquê mantras. “Quando você verifica clima, disponibilidade de chuva, situação geopolítica, quantidade de safras por ano, a única região que responde positivamente a todas as perguntas é a América Latina. O Brasil é o principal protagonista desse cenário”, afirma.

Por isso, argumenta o executivo, não faz mais sentido que a tecnologia agro seja importada de outras regiões. A escolha do Brasil para sediar o seu Núcleo de Cultura Global para o Agronegócio é um movimento inédito na história da companhia. A unidade será responsável por liderar todas as frentes de pesquisa, desenvolvimento, manufatura e responsabilidade mercantil de tecnologias agrícolas no mundo. O meio está sendo implantado com um investimento inicial de R$ 200 milhões ao longo de três anos, com olhos voltados para a pesquisa e desenvolvimento, inicialmente. “É praticamente uma obrigação atemporal que a tecnologia seja desenvolvida cá. Somos o principal mercado e principal produtor do mundo”, diz Perez.

A equipe dedicada ao agro conta hoje com murado de 100 engenheiros e desenvolvedores, responsáveis por liderar projetos em mercados porquê Estados Unidos, Alemanha, África, Austrália e Europa, todos coordenados a partir de Campinas. “Já estamos trabalhando com clientes desses países, mas a coordenação global está cá, no Brasil”, diz Perez. “O diferencial do país está na nossa capacidade de desenvolver e testar tecnologias em ciclos muito mais curtos. Cá temos até três safras por ano, o que acelera enormemente o ciclo de inovação. Na Europa, por exemplo, há somente uma safra anual. Isso nos permite testar, ajustar e escalar com velocidade”, afirma.

Na prática, o meio já lidera o desenvolvimento de algumas soluções, porquê sistemas de plantio inteligente que transforma uma plantadeira em uma espécie de “impressora de sementes”, com controle preciso de espaçamento, curvas, variações e sobreposição, aumentando a produtividade com menos sementes. Testes realizados em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicaram até 8% de incremento de produção em superfície jacente.

A empresa também dispõe de um sistema de pulverização com câmeras e algoritmos de lucidez sintético que distinguem entre vegetalidade cultivadas e daninhas, aplicando defensivo somente onde necessário. Os testes iniciais no Brasil indicam redução de até 80% no uso de agroquímicos, com ganhos ambientais e operacionais. “Não fabricamos máquinas. O que fazemos é desenvolver super sistemas, motores, sensores e lucidez que tornam a máquina do cliente mais eficiente”, afirma. O padrão replica o que a empresa já faz no setor automotivo, fornecendo componentes para marcas diversas, inclusive os novos entrantes chineses, por exemplo.

As inovações vêm acompanhadas de uma agenda robusta de sustentabilidade. A empresa também já mede produtividade em tempo real nas operações e avança agora para mensurar emissões de CO₂ na calabouço agrícola. “Além de usar menos agroquímicos, você faz menos recargas e economiza diesel. Tudo isso reduz a pegada de carbono”, explica o executivo.

A Bosch também atua para superar desafios locais, porquê a falta de conectividade no campo e a idade avançada do parque de máquinas. Além das tecnologias embarcadas, o meio também atua no desenvolvimento de soluções de retrofit e conectividade para modernizar máquinas agrícolas antigas, um duelo mediano no campo brasiliano.

“Desenvolvemos uma plataforma do dedo com kit de hardware que conecta máquinas que nunca foram projetadas para isso. Assim, transformamos dados analógicos em dados digitais, viabilizando cultura de precisão também para equipamentos legados”, afirma Perez. “Estamos atentos ao mercado de máquinas novas e também ao retrofit. Nosso sistema de plantio, por exemplo, já nasceu com essa flexibilidade. A decisão de investimento de um produtor médio muitas vezes começa por um retrofit.”

(function(d, s, id){
var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0];
if (d.getElementById(id)) return;
js = d.createElement(s); js.id = id;
js.src = “//connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js#xfbml=1&version=v2.9”;
fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);
}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));

Deixe seu Comentário

Sua opinião é muito importante para nós, participe.

Relacionadas

Confira outras notícias da categoria.