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O comandante da Guarda Revolucionária do regime iraniano, Hosein Salami, fez nesta quinta-feira (8) uma dura prenúncio aos Estados Unidos e a Israel, afirmando que Teerã “abrirá as portas do inferno” contra os dois países caso cometam “um erro”.

A enunciação foi feita durante uma cerimônia em homenagem ao natalício de morte do ex-presidente Ebrahim Raisi. Na ocasião, Salami alertou que suas palavras devem ser consideradas uma “prenúncio séria” por Washington e Tel Aviv. A fala foi divulgada pela sucursal iraniana Tasnim.

Salami destacou que o Irã fez “preparativos extensos” para enfrentar qualquer tipo de ofensiva externa. “Se EUA e Israel cometerem um erro, traremos sobre eles uma calamidade tão devastadora que esquecerão completamente das operações chamadas ‘Promessas Verdadeiras 1 e 2’”, advertiu.

Essas operações, mencionadas por Salami, envolvem ataques anteriores do Irã contra Israel. A primeira ocorreu em 1979, com potente resposta israelense posteriormente uma ação iraniana. A segunda, em outubro de 2024, envolveu o lançamento de tapume de 200 mísseis iranianos contra Israel, que revidou com bombardeios a instalações militares do Irã.

O comandante também sugeriu que, em caso de um novo ataque, a retaliação seria ainda mais intensa. “Seriam milhares de mísseis”, ameaçou, deixando evidente o poder destrutivo que o regime iraniano estaria disposto a utilizar.

Salami ainda abordou o polêmico programa nuclear do país. Segundo ele, o Irã “eliminou de sua princípio” o uso de armas nucleares, afirmando que não procura desenvolvê-las de forma voluntária. Essa mudança seria segmento de uma estratégia para reduzir tensões com a comunidade internacional, em próprio com os EUA, que há anos pressionam para moderar o progressão nuclear iraniano.

Apesar disso, Salami enfatizou que essa decisão está baseada nas “crenças” do Irã, mas advertiu que ela “tem um dispêndio elevado” e que o país não abrirá mão de seus “interesses vitais”.

O comandante deixou evidente que, embora o Irã esteja disposto a buscar soluções diplomáticas para a questão nuclear, não aceitará ameaças externas. “Se Washington ameaçar, o Tropa iraniano estará pronto para a guerra, em qualquer graduação”, afirmou.